domingo, 29 de agosto de 2010

Que me engana

O teu amor que é especioso
desvencilha-se de mim deveras enérgico
São teus olhos de brilho jocoso
e teus lábios presentes nemésicos

A aquiescencia das palavras aleivosas
esmiuçadas pelos teus falsos beijos
impelindo-me a regar um mar de rosas
apenas com as lágrimas que ficam nos teus seios

Sem alguma reação inebriante
e com a estagnação que foge ao meu feitio
resta módico teu amor que é reclame
de uma má paixão não servil.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Soneto Qualquer

A escuridão pode ornar formas
que se concentram no ínfimo
do meu ser, tão desvairado
que não pude evitar acontecer

Das marcas da tua angústia
que me enfraqucem como o teu jeito
e o teu silêncio quase sólido
que mesmo que vibre no meu peito

há de torná-lo mais calmo
ao passo que permaneça amiúde
e enpetrifique escorreito

e que me afogue pálido
no aljôfar d'água e ciúme
e me azule da vida o amor perfeito.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Poema da descoberta

devora meu corpo com toda tua virilidade
apalpa meus seios brandos e brancos,
beija meu ventre e faz dele a tua casa
diferente das outras que moraste pela estrada.

sente a minha pele cálida e alva,
agarra-me pelas ancas e erigi-te
dentro de mim, posto que teus braços
tranbordam calma, e o teu pescoço
só cheira a alecrim.

bebe o meu suor que é puro desejo,
derrama teu sumo que é o revés de uma dor,
e aos poucos me solta e me deixa,
que tudo que passou foi minha prova de amor.