domingo, 4 de abril de 2010

Ser só!

Ser uma pessoa solitária, é uma arte. E como todas as artes, diverge dentre várias classificações, as quais são mensuradas de acordo com o seu nível de isolamento, e tristeza.
Para comerçarmos a falar sobre os tipos de clausura, devemos então tentar entender: a solidão.
Solidão é o bem de quem ama e não é correspondido. É a companheira solidária que traz a verdade por entre seu silêncio e, sorrateiramente, conquista o espaço vazio intercalado por um entra e sai de paixões no coração.
Ser só...
Ser só nem de um todo é algo ruim, é perceber na liberdade o poder que as escolhas tem, como se cada passo fosse mais significante que se o mesmo fosse dado acompanhado.
Nem só da falta de companhias se faz uma solidão, muito menos devemos nos atar tão firmemente à esse tamanho esquívoco, pois não é preciso perder um grande amor pra ser só. Aí é que vem a pior das solidões... ser só, rodiado de amigos.
Parece que todo o mundo se perde bem ali na sua frente. O que era claro fica borrado, o que era colorido perde a cor. E o som de milhares de pessoas afunila-se e se perde antes de chegar aos ouvidos.
Ser só... que piada!
Por que alguém haveria de ser só? Pra quê? Por quê?
Olha só quem questiona, logo eu!
Aqui vai a pergunta: " Deus, Deus meu, existe alguém mais sozinho do que eu?"

Um comentário:

  1. "Posso estar só
    Mas, sou de todo mundo
    Por eu ser só um
    Ah, nem! Ah, não! Ah, nem dá!
    Solidão, foge que eu te encontro
    Que eu já tenho asa
    Isso lá é bom, doce solidão?"

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