domingo, 4 de abril de 2010

Lia na carta de amor

Minha amada,

ontem pensei em você mais que o de costume. Não sei se foi por que o sol brilhara mais forte,
ou as afinadas melodias dos passarinhos pareciam todas assoviar teu nome, ou o meu caminho
que parecia sempre encaminhar-me à tua casa.
Lembro-me bem que meu coração, fortaleza de pedra que se desfez após ter-te, acelerou numa passada
descomunal quando o vento trouxe teu perfume no ar.
Pus-me à amar.
Larguei as manias, perdi os costumes, fiz-me bobo, uma criança perdida numa loja de doces.
Doce. Assim como o teu beijo utópico, que alivia-me dores e problemas, e como teu sorriso,
que me embriaga com seu doce mel.
Me fiz em pedaços, ornei-te em pensamento, todo teu corpo, membro por membro, camada por camada,
poro por poro, célula por célula, em uma intercomunicação corpórea; era meu corpo e o teu, como um só.

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